19 de março de 2016

Eletro e Quântica no Mestrado

"Um, dois, três, quatro, cinco.
Cinco dias sem sair de lá.
Já acabaram-se os livros.
Não podia nem se alimentar."

30 de novembro de 2012

O laço e o abraço

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 Meu Deus! Como é engraçado!
 Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...
 Uma fita dando voltas.
 Enrosca-se, mas não se embola,
 vira, revira, circula e pronto:
 Está dado o laço.

 É assim que é o abraço
 coração com coração,
 tudo isso cercado de braço.

 É assim que é o laço:
 um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
 em qualquer coisa onde o faço.

 E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
 Vai escorregando...
 devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
 Solta o presente, o cabelo,
 fica solto no vestido.
 E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

 Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
 Tudo que é sentimento.
 Como um pedaço de fita.
 Enrosca, segura um pouquinho,
 mas pode se desfazer a qualquer hora,
 deixando livre as duas bandas do laço.

 Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
 E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
 E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

 Então o amor e a amizade são isso...
 Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
 Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

 ...
(Maria Beatriz Marinho dos Anjos)
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11 de setembro de 2012

Na BR

Lá vem o ciclista pedalando no acostamento de uma via pública quando um carro aparece. O carro vem de uma via transversal e o motorista cuidadosamente olha para ver se pode entrar na via com segurança. Quando vê o carro parando e o motorista olhando cuidadosamente o ciclista pensa que o motorista parou por causa dele e prontamente, e inocentemente, acelera para que não atrase o pobre motorista em seu trajeto para sabe-se lá onde.
Enquanto passa na frente do carro percebe que o último acelera enquanto ele ainda está passando.
Conclusão: bicicletas funcionam tal qual uma capa da invisibilidade.

27 de maio de 2012

Dinheiro é para ser gasto

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Ele me chamou de pirangueiro, aliás, ele sempre me chama de pirangueiro. "Pirangueiro" aqui significa "mão de vaca", "mão fechada" ou simplesmente um sujeito que guarda dinheiro sempre, não importa a situação, sem motivos fixos, embora sempre tenha um motivo na ponta da língua. Este sou eu, muitas vezes. Embora pirangueiro pirangueiro mesmo, não sou, mas gosto muito de ponderar e isto me faz  parecer pirangueiro e, neste mundo, na grande maioria das vezes, parecer é muito mais que o suficiente.

Ali estava ele comentando o quanto eu deixo de viver apenas para manter uma graninha a mais para os imprevistos, que deixo de aproveitar a bela e maravilhosa noite boêmia do Recife Antigo só porque quero manter uns reais para o final do mês. Um dia hei de ficar apenas com dinheiro, sem amigos, sem experiências, sem graça... O dinheiro foi feito para ser gasto, e nada mais. Naturalmente não estamos sendo radicais: pagas as contas e o plano de saúde, deve-se usar o dinheiro dia-a-dia.

"Você comeu?" perguntei rapidamente enquanto entrava na sala, claramente procurando por uma companhia para o almoço. "Não, estou com pouca grana", disse ele em seguida, "bem...", respondi prontamente, "o Restaurante X é só três reais", onde no mundo se come bem (em quantidade e, sim creia, com qualidade) por apenas três reais? Ele disse, "não, trouxe coisa de casa para comer". No dia anterior ele estava sem grana para jantar e ficou sem comer. Na verdade, eu nunca tinha pensado nisto tudo, e provavelmente não pensaria, se em algum ponto de uma conversa no mesmo dia eu não fosse enquadrado como pirangueiro novamente. Eu refleti um pouco, não muito, mas sentia que algo disto tudo não se encaixava exatamente. Como um cara consciente como ele estava com pouco dinheiro já no meio do mês? Não era o caso.

Nos dias que se seguiram eu sempre perguntava "vamos almoçar no restaurante X?", porque era barato, mas ele sempre alegava falta de dinheiro. Quando um dia liguei para ele antes de chegar ele estava almoçando com a namorada, e como ela é um tanto quanto refinada, era no restaurante Y, onde o quilo custa R$ 26,90. Eu sorri. Não é que sejamos diferentes, eu penso, mas que ele prefere se abster de gastar enquanto é para ele, para poder gastar com a namorada. Para melhorar a sentença anterior repito a frase dele: "se um amigo precisa que pague a conta, não tem problema nenhum, eu pago, o importante é aproveitar - dinheiro é para ser gasto".

Mesa de bar: isto é aproveitar, concluí. Só um pouco diferente da minha visão, onde prefiro comer normalmente cada dia e, de vez em quando, deixar de sair (até porque sou muito caseiro) para me manter melhor depois. Eu não consigo, olhando assim, pensando assim, distinguir minhas atitudes da do meu amigo que apenas tem diferentes prioridades. Isto me faz pensar que, na própria lógica dele, ele também é um pirangueiro. Para repetir minha frase do primeiro parágrafo, eu não sou pirangueiro, mas com certeza não quero passar os últimos dias do mês sufocado.
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10 de abril de 2012

Quântica dois meus caros, quântica dois. Querem que eu diga mais alguma coisa?

30 de novembro de 2011

Adágio

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-Prólogo-

Acesse este link e clique em 72.

-Capítulo 1-

Ela não conseguia dormir.
Pensava no dia, como tinha sido;
Pensava no ontem, o que estava errado;
Pensava no amanhã, nas tarefas urgentes.

Pensava também no namorado;
Pensava na família, no afilhado
Que quase nunca tinha consigo,
Mas havia algo na sua mente.

Estava, enfim, perturbada.
Tocavam gotas no fundo da pia
Por isto, a coitada não dormia
Permanecendo pensando acordada.

-Capítulo 2-

Seu salão era o de cima
Uma estante, um armário gigante
Uma mesa, uma escrivaninha
E um terno sempre elegante.

O relógio corria mais rápido
Do teto, acolhia todo o ambiente
Com um som bastante envolvente
Mas o tic-tac deixava-o pálido

Era o silêncio que havia no salão
Som nenhum, outro, entrava.
Um medo imenso de solidão
E do tempo que o relógio contava.

-Capítulo 3-

Na sala branca, com pessoas brancas
Deitado sobre o leito de morte
Pensava a respeito de suas sortes
E de como costumavam ser fracas.

Havia uma máquina no canto
Mostrando o batimento de seu peito
Parecia que tudo estava direito
No entanto, sentiu um enorme desalento

Levantou-se do leito, pegou um manto.
De branco, cruzou o corredor do hospital
Não dava para ver se estava mal,
Mas no final havia um anjo o esperando.
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25 de outubro de 2011

A príncipa adoecida

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Era uma vez, num reinado distante, um rei. Para comemorar a notícia de que teria um filho, o rei Optin convidou todos os nobres do reino para um banquete; receberia congratulações de toda espécie e era uma oportunidade de fazer um grande evento, afinal de contas, os nobres vivem destas coisas.

Convidou desde os três reis vizinhos até a rainha das fadas, contanto que só houvessem nobres, todos estavam convidados. Convidou também a velha guardiã das realezas divinas, Gotiha, que era a única nobre que não morria, devido a feitiçarias diversas que auto-aplicava diariamente. Este convite, por si só, representava a grandiosidade do evento, pois desde que o rei Optin nasceu não se via Gotiha no reino.

Acontece que Gotiha nutria das mais tenebrosas máguas pela família real. Esperara durante todos estes anos para ter uma oportunidade de os amaldiçoar. Agora tinha finalmente sua oportunidade.

O rei queria que seu filho fosse homem, para reinar absolutamente sobre todo o reino (e, quem sabe, mais), mas Gotiha iria se certificar que fosse uma menina. Ao invés de um príncipe, uma princesa, e a criança ficou conhecida como a príncipa Icéra Optin, sendo chamada de príncipa devido ao tratamento de seu pai, que nunca aceitou que seu único filho fosse uma mulher.

Eis a maldição de Gotiha sobre Icéra: quando esta fosse pedida em casamento (os nobres muitas vezes já nasciam com casamento marcado, para fortalecer o nome da família com uniões entre famílias nobres), a príncipa adoeceria de uma doença devastadora, portanto mortal, que não seria a causa de sua morte, mas a de todos que ousassem aproximar-se dela. Como todo feitiço mencionado nesta época, havia uma maneira de quebrá-lo, e Gotiha não guardou segredo: a príncipa Icéra deve conhecer o verdadeiro amor nos braços de um plebeu, só assim ficaria sã pelo resto de sua vida, não mais adoecendo.

Aqui chega a parte que me parte o coração, pois não sei o fim da história exatamente. O historiador Cardior de Pauli diz que a princesa nunca marcou casamento, portanto nunca adoeceu. Segundo esta versão ela cresceu e lutou nas duas guerras que seguiriam saindo sempre vitoriosa, morreu em batalha com uma flechada sobre seu peito esquerdo. Já o historiador Mheglireu Pane, com seu estudo detalhado das famílias da época, conta que quando completou 21 anos (ou seja, já velha para marcar o casamento), Icéra foi pedida em casamento por um príncipe estrangeiro (que não conhecia a lenda), portanto adoeceu e levou o reino às ruínas, com alto índice de mortes entre os nobres e quem mais se aproximasse. Mheglireu traduz um documento da época, supostamente escrito pelo nobre Liasiv Eroateria, tesoureiro real,

"(...) Naqueles dias, a tristeza já havia tomado a todos no reino (...), seriam os últimos dias do rei Omcras Optin (...). À tarde, foi anunciada a chegada de Peumolot Ortraz (...), e todo o reino estava alerta para o que poderia ser o dia da salvação (...). No entanto, o pobre Ortraz foi recusado pela princesa Icéra Optin (...), pois ela se negava a casar-se com um artesão pobre e imundo. Então Nido Tontapor (...) cessará sua busca através dos reinos e a família real se entregará a seu fim. (...)"
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14 de outubro de 2011

Luzes

Passado quase um minuto esperando no sofá, ao som de latidos, passar sua dor no joelho, Juliana finalmente se levantou para ir ao quarto ligar a luz que dissiparia de vez a escuridão na sua casa. Já passara a ouvir o bater de seu coração, forçando sangue para o resto de seu corpo, como se este se recusasse a aceitar, quando escuta o cantar grave de um pássaro mensageiro no justo momento de seus primeiros passos - imediatamente, por puro instinto, pensou: vou morrer!. Com os nervos à flor da pele, desistiu da jornada no escuro da própria casa e se retirou, deixando atrás de si a porta escancarada.

Se as criaturas da noite adoram e se fortalecem com a luz de uma maravilhosa lua cheia, nenhuma delas estava disposta a um passeio naquela noite. Não havia lua, não havia luz natural. Casas exibiam suas varandas acesas, outras não, como uma sequência sortida de luzes nas vizinhanças. Mas, definitivamente, o mais notável era o esforço daquele par de postes que insistiam bravamente em enviar mensagens de alerta, em código morse; conversavam entre si, cada qual em seu lado da rua, um um pouco antes e o outro um tanto depois da casa de Juliana, a maioria dos demais postes adormecia, de folga.

Quando voltava o olhar para sua casa, Juliana sentia o peso daquela presença alheia e uma imensa estranheza com o próprio lar. Quando olhava ao redor, percebia os dançantes arbustos e árvores que felicitavam sua vulnerabilidade. Às vezes, um ou outro conjunto de folhas se uniam para formar rostos e silhuetas ameaçadoras, outras vezes, o espaço vazio entre as folhas formavam olhos e janelas por onde se busca sempre ver o que está além, como se esperasse algo ou alguém surgindo de lá.

Alguém, "algum vizinho acordado a esta hora?", manda o cachorro se calar, chiando, sussurando. De onde? Desta, daquela, de que casa? Não havia ninguém ali, exceto ela girando e temendo a madrugada, como se certa de que algo aconteceria, certa de que nada podia fazer, exceto, talvez, esperar sua hora. Volta a escutar o cantar do pássaro da morte, "deve ser uma coruja", vinda de sua casa, onde aquela presença lhe esperava - vem, menina, entra; aqui você vai poder dormir em paz, conosco será bem cuidada, se entrega - por que a presença se considerava no plural era a questão que parecia mais terrível da mente de Juliana.

Depois de algum tempo sob o céu sem lua, faziam dois ou três minutos que o poste havia desligado, Juliana nota que as estrelas estavam mais brilhantes do que custumava lembrar. A vastidão do universo nos dá ainda maior medo, de lá pode vir de tudo a qualquer hora, e não há muito o que se fazer. Parece, no entanto, que estar de baixo de telhas nos protege de alguma maneira, ao menos na nossa mente nos sentimos seguros. Ali, entretanto, com todos aqueles olhos cintilantes lhe observando, Juliana pensou que eram deuses guardando-a "de todo o mal, amém" e se sentiu segura. Sobrara um último cachorro latindo distante, a algumas ruas atrás, e a "coruja" parecia ter se acalmado, pois se passaram dez ou quinze minutos em silêncio.

A harmonia parecia estar se completando, o medo estava se dissipando e Juliana estava fazendo as pazes com a natureza, tentando até recordar qual a última vez que contemplou de maneira tão profunda todos aqueles fenômenos naturais que passavam já despercebidos nas noites dela - talvez tivera sido com um antigo namorado, quando ele a levou à praia de bicicleta, noite linda e amor juvenil. Já estava se tornando muito estúpido ficar parada na rua com a porta da casa aberta, e os deuses de alguma maneira espantaram aquela forte presença. "Daqui a pouco o sol vai nascer".

Foi aí que ela ouviu pessoas chegando, riam, gargalhavam, escarniavam em voz alta. Talvez o sono não a tivesse deixado perceber o quão próximos elas estavam (ou talvez elas só se fizeram notar depois que dobraram a esquina) e Juliana notou que eram todos homem, bêbados ridículos errando e atacando tudo o que vinham com zombarias sem fim. O medo tomou-lhe outra vez. Não fazia sentido nenhum está de bobeira no meio da rua podendo ser atacada a qualquer hora por pessoas reais, entidades que realmente existem; se sentiu extremamente infantil por ter saído de casa.

Pra encerrar com chave de ouro, "agora é tarde madame", quando ela dá seu primeiro passo pra se salvar, o poste apaga - quando foi que a lâmpada tinha acendido? - e não deu outra: ela travou, ali, no escuro do poste. Não tinha como se mover: era pressão demais. Se saísse dali eles iriam notar que ela estava com medo e poderiam fazer qualquer coisa, qualquer maldade. Mais uma vez ela se entregou à sorte, mas nem tem como descrever o que ela pensou, a mente tava em branco, esperando. Ali a ameaça era real.

Eles eram oito.
Cinco dos quais estavam de calça djeans.
Três estavam de bermuda.
Dois estavam de boné, o mais tagarela inclusive.
O mais bonito olhava para ela, desde que o poste se apagou, talvez querendo distinguir as curvas no rosto dela, talvez perguntando a si mesmo se deveria aproveitar esta oportunidade para abordá-la, ou daria mais alguns passos.
Eles vinham chegando, andando na direção dela.
"Meu Deus! A porta de casa está aberta!".
Eles vinham abaixando a voz, observando aquela mulher e se calando um a um, o tagarela por último terminou com uma pergunta vazia, parecia até retórica.
Este era o momento em que eles cruzariam com ela, talvez a metade deles faria um movimento e a outra metade outro, encurralando-a. Estavam quase frente a frente, ela observava que um deles estava fumando, tinha aspecto mais velho e sério, nada tinha falado. Ele olhava para ela com rigidez e não desviava o olhar. Ela percebeu que ele ia falar, ele ia dar voz de assalto, sabe-se lá o quê.
Ligou: o poste foi mais rápido!
Foi impressionante!
Foi indescritível aquela sensação.
Por um instante todos os rostos se descobriam completamente iluminados pela luz daquele poste (que parecia responder a passos próximos): o do boné vermelho, o bonito (que nem era tão bonito assim), o da calça xadrez, o de camisa amarela, o tagarela (que era o mais bonitinho), um cara que não dava pra ver, estava atrás dos outros, o baixinho barrigudo e o tenebroso fumante, que não se sentiu nem um pouco intimidado pela luz e prosseguiu com o gesto labial:
-- Boa noite!
A que todos os amigos repetiram a saudação. E, por fim, também ela. O tenebroso fumante se tornou o charmoso fumante, depois que passou. "Bom dia seria mais apropriado", o sol nasceria daqui a uns quarenta e cinco minutos. Sem querer demonstrar que estava apavorada de medo, ela se segurou parada no poste até o bando tomar mais distância - imensurável dizer qual com o sono que ela tinha ali.

Ouviu a gargalhada que o barrigudo deu, "hahaha! Vocês morreram de medo", "É claro, uma pessoa escondida no escuro, parecia que tava esperando pra mostrar um revólver", "Eu nem tinha notado, vocês foram ficando tensos eu parei de falar...", "Todo mundo sabe que tu é lerdo", "Rapaz, com isto o álcool todo foi embora". As vozes iam diminuindo...

Ela se recompôs de tamanho susto. Poderia ter morrido, sido assaltada, pra não contar coisas piores, estuprada, sabe-se lá! Com as pernas tremendo conseguiu vencer a inércia do corpo e atravessou a rua, entrando em casa e acendendo não só a lâmpada do quarto, também a da cozinha e a do corredor que dá para a área de serviço, iluminando a mesa central da sala com quatro focos diferentes de luz. Voltou à porta de casa, passou a chave dando duas rápidas e resolutas voltas, e afundou na cama, hoje não importa a conta de luz.
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6 de outubro de 2011

Tenho que parar de desobedecer as regras e seguir as leis? Cabe ao homem fazer as leis ou são as leis que devem moldar o homem?

2 de setembro de 2011

Ausência

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Ai, que saudade dela! Um ano atrás ela estava aqui entre nós, brincando, comendo, fazendo-nos rir com seu jeitinho desconcertante e sua ironia assassina. Ela se dizia poetiza e saia escrevendo sobre tudo e todos, desde o pássaro no jardim, que viu assim que abriu a porta de casa, desde a discussão de motoristas de trânsito sobre a culpa do taxista. Ela também queria conversar filosofias, mas isto nunca vingava muito, a gente não tem muita formação, não entende estas palavras complexas que os poetas e cientistas usam. Ela tinha me escrito uns poeminhas, vou pegar. Puxa, ela escreve muito bem mesmo! Uau, a forma de ver a situação é completamente genial! Ela era muito boa mesmo nisto!
E assim, mais um é reconhecido depois de morto.
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